O navio zarpa essa noite.Tem o dia todo para caminhar livres por Palermo; uma cidade cheia de história, passeios, mistério... (e mafia?.... caminho do porto tem uma escultura, símbolo da Paz...).
A praça central, com o prédio do Teatro Massimo e os seus leões, marca o ponto de encontro com o grupo, no final do dia.
Um dia ensolarado, um “cielo dipinto di blue”, sem nuvens no horizonte. A ansiedade de conhecer cantos novos cresce. Caminham muito, cada vez bairros mais distantes. Lugares que com certeza foram também percorridos por fenícios e gregos;“catacumbas paleo-cristianas”, monumentos ancestrais.
O convento dos “cappuccini” abre suas portas e chama a atenção esse realismo-dramâtico que mostra. Nâo dá para perceber que o clima vai mudando. Nuvens pretas chegam com pressa, cobrindo os bairros da cidade.
As ruinas dos antigos, os muros medieváis, as ruazinhas estreitas, e no meio de tudo isso, o comércio, as lojas modernas, vendendo os artigos para os turistas e os habitantes do lugar. Todos misturados entre o passado e o presente. Uma cidade com uma história muito longa, e um presente que ainda não cruzou totalmente as fronteiras do tempo. O céu cada vez mais preto, os sons dos trovões se aproximando sorrateiros.
Exaustos depois de ter conhecido e caminhado o máximo possível,se sentam para tomar um café “espresso” perto dos muros de uma “chiesa del risorgimento”. Sem mais espera, aparece a chuva, pesada, cruel, fria, como gritando entre o barulho dos trovões. E em minutos tudo vira um caos.
Agora, pela chuva, as ruas ficam alagadas, os carros começam a boiar, as pessoas tentam se proteger desse inferno aquático. Como voltar? Aonde está o caminho certo para chegar ao ponto de encontro? O Teatro Massimo parece tão longe!!!!!!!!
Sendo turistas tentam pedir ajuda aos “carabinieri”. Mas a polícia está muito ocupada. Aliás, uma viatura quase bate as pessoas, tentando também atravessar a rua. Foi necessário um golpe com o guarda-chuva no capô do carro da polícia que freiou muito perto dos corpos , no meio do dilúvio.
A chuva forte, fortíssima, continua sem desejos de amainar. Mesmo com o fato do guardachuva no capô, nem a polícia pára, nem o dono do guarda-chuvas se amedronta. Com a água perto dos joelhos, e também quase cobrindo os pneus, não era mesmo o momento para discussões. A cena “Felliniana” está no seu explendor.
Mas a chuva, sempre acaba, segundo vemos em “Isabel vendo chover em Macondo”. Sem disculpas, sem aviso, de repente, assim como começa, acaba. Quase duas horas depois, e já de regreso à praça do encontro, a chuva parece fina, como uma garóa.Todo mundo se encontra, mas fisicamente, todos estão irreconhecíveis. Totalmente molhados, embebidos nessa mistura de cultura e chuva infinitas. Tempo depois, embarcam no navio. Outro mundo, outra história.
Um banho quente, roupa seca, uma lembrança pouco comúm. Depois dessa experiência, nenhuma outra chuva vai apavorar. Chega a noite nessa região da Europa.
Noite estrelada no mediterrâneo. O navio navega em silêncio... Dentro dele, luzes e animação... O amanhecer em Napoli tem um sol vermelho e amarelo, quase gigante.
Chuva? Trovões?
Tudo aquilo na lembrança é um sonho. Um sonho muito difícil de esquecer. A viagem continua e o sol mostra passo a passo seu esplendor. As fotos são testemunhas do percurso pela cidade de Palermo, capital da Sicilia.
Nem dá para pensar, que talvez, tem algumas nuvens chegando.... sorrateiras.!
Oi Mercedes! Adorei seu texto mas a tabulação e os parágrafos estão cortados de forma estranha! Dá uma olhadinha lá no painel!
ResponderExcluirUm beijo! :)
oi
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